sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O futuro?


O futuro tem muitos nomes:

para os fracos, ele é inatingível;

para os temerosos, ele é desconhecido;

para os corajosos, ele é a chance.

Victor Hugo - 1802/1885

Barbie pelo Mundo - Exposição, ainda em tempo...

O mundo da Barbie é cor-de-rosa, cheio de fantasias, sonhos e glamour, no qual tudo é possível. É o que garante o slogan “be anything” (seja qualquer coisa).

Seu nome completo é Barbie Millicent Roberts. Ela nasceu em Willows e estudou na Willows High School. Em 2002, deixou sua marca na Calçada da Fama, em Hollywood. As primeiras bon
ecas custavam US$ 3. Hoje, podem custar até US$ 10 mil. Já teve um bilhão de pares de sapatos e outro bilhão de peças de roupas, mais de 21 cães, 120 cavalos, 60 gatos, 30 pôneis, um papagaio, um chimpanzé, um panda, uma girafa, uma zebra, entre outros animais. Já teve mais de 80 profissões. Foi paleontóloga, astronauta, roqueira, médica e até candidata à Presidência dos EUA, em 1992 e em 2000.

Ninguém conseguiu retratar tão bem a evolução do comportamento feminino quanto a boneca Barbie. Quase cinquentona, em 2009 completa seu 50º aniversário.

Com suas roupas e acessórios, ela representa a grande revolução social que o mundo atravessou desde o final dos anos 50. A boneca já nasceu rica, bonita, inteligente, famosa e sempre esteve na moda. Tem um namorado perfeito, adorada por todos os amigos.

A Barbie foi criada a partir de uma brincadeira de criança. Enquanto a garotinha americana Barbara Millicent Roberts divertia-se com a sua boneca de papel, a mãe Ruth teve a idéia de criar um boneco adulto que permitisse que as crianças trocassem suas roupas. Junto com o marido, Elliot Handler – fundador da empresa Mattel, encomendaram ao designer Jack Ryan uma boneca sem feições de bebê. Seus criadores a queriam com ar adolescente. É por isso que no dia do seu lançamento, em 9 de março de 1959, ela foi definida como uma “boneca teenager que é vestida com roupas da última moda”. Barbie foi a primeira boneca a dobrar as pernas e também a primeira a ser maquiada. Um pioneirismo que surpreendeu até seus desenhistas.

A atriz Audrey Hepburn (1929-93) traduzia o ideal de elegância e glamour que Givenchy queria para suas roupas. Era a mulher perfeita para vestir suas criações, sempre impecavelmente bem proporcionadas. O guarda-roupa criado por ele, que vestiu Hepburn para o filme “Bonequinha de Luxo”, de 1961, tornou-se exemplo de sofisticação, com seus vestidos pretos e formas limpas. Em 1998, numa edição comemorativa limitada, a Barbie ganhou a versão do famoso vestido preto do filme.
Em 1947 Christian Dior apresentou sua primeira coleção, batizada de “New Look”, pela redatora da revista americana "Harper’s Bazaar", Carmel Snow. Ao contrário da moda prática de Chanel, o “New Look” era, basicamente, composto por saias amplas quase até os tornozelos, cinturas bem marcadas e ombros naturais. Era a volta da mulher feminina e elegante. O modelo que se tornou o símbolo do visual foi o “tailleur Bar”, um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de elegância, estava definido o padrão dos anos 50. Em 1997, numa edição comemorativa limitada, a Barbie , boneca mais vendida no mundo, foi vestida com o famoso “tailleur Bar” de Dior.

Vestindo uma criação exclusiva do estilista italiano Giorgio Armani: tomara-que-caia em chiffon de seda, com decote "V" nas costas, e saia de crepe de tule cintilante, além de brincos, colar e bolsa.

Carlos Keffer, colecionador paulista,
é dono de um acervo com
mais de 400 bonecas Barbie.

Barbie pelo Mundo é fruto de 18 anos de sua coleção e paixão por "esta grande dama". A Mostra exibe 102 modelos da boneca mais conhecida do mundo. Com trajes típicos e particularidades regionais, elas representam 70 países, entre eles, Holanda, Japão, México, Nigéria e Peru. O destaque fica por conta das brasileiras, símbolos de costumes e diversidade étnica. As bonecas serão apresentadas por continentes e estarão dispostas em vitrines com informações sobre cada uma delas. "O objetivo é que a exposição desperte nas crianças o interesse por outros povos e incentive o respeito às diferenças", diz Keffer. Fica aqui a dica para um programa familiar muito gostoso e cultural.

Barbie pelo mundo - de 09 de outubro a 05 de novembro, no Santander Cultural.
Edifício Altino Arantes (Rua João Brícola, no. 24, Centro - São Paulo, Capital. Tel. 3249-7466). Entrada gratuita.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pretinho Básico


Dias atrás fui fazer a cobertura jornalística de um evento e fiquei surpresa com minha atitude após perceber que num público de 150 pessoas mais ou menos, 90% estava de preto: os apresentadores, os recebedores dos prêmios e diplomas, inclusive, adolescentes, o pessoal do serviço de buffet, e eu..., de terninho verde e apetrechos voltados para o creme; estava muito bem vestida para a ocasião. Mas, como eu sempre uso preto em solenidades, e também fora delas - inclusive em funerais de quem quer que seja, me senti surpreendentemente inadequada. Um absurdo, pois, a minha roupa estava propícia à ocasião!!! Mas era como se eu não estivesse bem, embora estivesse muito bem, sim.

Intrigada (e surpresa) com a situação, comecei a vasculhar a origem do popular "pretinho básico" que de básico não tem nada, mas é puro glamour e levei um susto. Eu pensava que o têrmo fosse moderno, criado no final do século XX mas não é. Há quase um século que ele se tornou o melhor amigo da mulher, e ao longo desses anos não há quem não resista a ele, inclusive homens e adolescentes, como percebi na cerimônia mencionada.
O cinema teve grande influência na moda através do século, desde sua estréia em 1929, quando contratava grandes estilistas, como por exemplo, Coco Chanel, para desenhar os figurinos dos personagens. E ela, além de ter reinventado o terninho feminino não poderia passar sem este acréscimo de bom gosto: criar o preto - no crepe, no veludo, no linho, na seda, na malha. Nascia o pretinho básico, deixando as mulheres gratas para sempre. O croqui (era dela) do vestido reto, simplérrimo, saia pouco abaixo do joelho, todo preto com um debrum branco e preto no punho, que a revista Vogue publicou em 1926 com uma muito acertada previsão: "Vai se tornar o uniforme de toda mulher de bom gosto".

O preto, que antes era de uso exclusivo de senhoras em velórios, de luto e festas de gala, ganhou a manhã, a tarde e a noite, ou, qualquer momento em que a mulher precisasse estar "bem" em determinadas ocasiões. Apesar do diminutivo consagrado, pretinho básico hoje é qualquer idéia infalivelmente certa para a ocasião em que for usada. Vale tudo: vestido, tailleur, longo, terninho, mini, até macacão. E todas as mulheres conseguem ficar fabulosas e espetaculares no tal pretinho. Ele trouxe para o universo feminino junto com a simplicidade, a materialização da mais pura elegância. Preto é puro - e elegância, como Chanel ensinava “tem muito mais a ver com expurgar detalhes do que com acrescentá-los”. Detalhe: ela era baixinha e se considerava feia, mas vestida de preto (com pérolas, seu par perfeito) ganhava uma distinção incomum.

E assim foi o avanço do vestido preto, de mulher em mulher, de beldade em beldade, de dona-de-casa em dona-de-casa, até se firmar definitivamente em seu pedestal de glória no dia em que Audrey Hepburn, adorável e elegante em seu corpo esguio, apareceu no filme Bonequinha de Luxo, com luvas, franjinha e vários e inesquecíveis outros pretinhos, desta vez, desenhados por Givenchy. Temos outros nomes como o de Rita Hayworth, encarnando Gilda com seu lindo e famoso vestido preto drapeado - obra do estilista Jean Louis, num strip-tease que nunca aconteceu, e, apenas uma única luva foi tudo o que ela tirou. Jackeline Kennedy, considerada a mulher mais elegante do século XX, que usava poucos, mas inesquecíveis modelos pretos, deixou gravada na história uma imagem de tragédia quando vestida de tailler preto e véu de viúva sobre o rosto, foi ao enterro do marido John, em 1963, levando pelas mãos os dois filhos pequenos. Além das qualidades citadas, o pretinho também é funcional. Esconde manchas, disfarça amassados, e o melhor dos melhores, emagrece e facilita a combinação: preto vai com preto, vai com branco e ponto. É provado que num pretinho com bom corte, as mulheres "mais substanciosas" podem se sentir belas, esbeltas e poderosas, praticamente uma dama. É fato: desde sua invenção, nos anos 20, o pretinho básico se mostrou perfeito para a nova mulher que surgia. Ele se instalou no dia-a-dia das mulheres que deu lugar ao inimaginável e continua sendo uma peça básica do guarda-roupa feminino, desde os anos 90 também dos homens e jovens.
Bom, finalizando, agora que sabemos a origem do melhor amigo do guarda-roupa feminino, basta usar o bom senso e não cair no lado do exagero com uma peça considerada tão perfeita. Vale a pena atentar para a dica da consultora brasileira de moda, Glorinha Kalil "do Rio de Janeiro para cima, o pretinho mantém a função de roupa elegante, mas em São Paulo, as mulheres extrapolam. Em uma manhã de sol, ver uma mulher toda de preto, é overdose. Sendo assim, num dia quente e ensolarado de verão, busque no armário algo colorido, ou branco, que combine com a estação, é claro. Bastará o termômetro cair 3, 4, 5 graus e pronto, está liberado o uso de nossos queridos e deliciosos pretinhos".

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Como escolher um bom médico


Há um ditado americano muito interessante sobre saúde "An apple a day keeps the doctor away"(Uma maçã ao dia mantém o médico afastado) que é praticado por quase todos os americanos. Acho interessante, mas é claro que independente do que ingerimos - por melhor que seja, sempre visando saúde e qualidade de vida, devemos prestar atenção ao nosso corpo a fim de cuidar cada vez mais dele.
Dias atrás, estava assistindo o programa da Oprah Winfrey e era o dia em que o Dr. Oz, cirurgião cardíaco, estava apresentando algumas de suas novidades (geralmente, ele participa do programa e atende a platéia às terças-feiras com explicações entendíveis respondendo às dúvidas para todos os presentes e também através de links espalhados por todo o mundo). Nesse dia, ele estava alertando a população quanto a importância de ficar atento com sintomas, manchas, caroços, qualquer "sinal diferente" que aparece em nosso corpo, e isso fazendo demonstrações de doenças das mais variadas, complexas até, com equipamentos de última geração em power point, num grande telão.
Ao explicar sobre o desencadeamento que um tumor, numa mulher que inclusive, estava lá e chegou a 63 kg., enfatizou que além de todos os cuidados, a parte psicológica também entra na questão, pois, quando alguém se esconde e não quer enxergar a verdade gera muitos outros problemas, como no caso da senhora ali presente (maiores informações, consulte no site www.oprah.com uma coluna do Dr. M. Oz para orientações e esclarecimentos de dúvidas).

O programa foi muito interessante e gostaria de transcrever aqui algumas dicas do livro: "A Arte Perdida de Curar", de Bernard Lown, de como escolher um bom médico a fim de que sejamos prevenidos quanto aos vários tipos de doenças que assolam os seres humanos, diariamente em alguma parte do mundo. São elas:
  1. Você deve se sentir tão à vontade com o médico como com um amigo íntimo;
  2. Se o médico aperta sua mão quando se apresenta, é bom sinal, porque indica que ele quer proximidade;
  3. O médico deve passar firmeza e otimismo;
  4. Se o médico interrompe a conversa a cada 30 segundos para atender um telefonema, significa impaciência ou falta de interesse por você;
  5. Ele deve perguntar sobre seus hábitos, seu trabalho e outras questões sociais;
  6. Ele deve levar em conta a sua impressão sobre a doença;
  7. Desconfie do médico que, na primeira consulta, tenta jogar a responsabilidade em você, com frases como: "Por que esperou tanto tempo?";
  8. Em um bom exame físico, o médico deve examinar o fundo dos olhos, tomar a pulsão arterial e apalpar e auscultar outros órgãos;
  9. Quanto mais exames laboratoriais o médico pedir, menos ele está entendendo a sua doença;
  10. O bom médico admite que errou sem subterfúgios.
Concluo aqui com um ditado popular brasileiro:

"É melhor remediar do que curar", ou seja, se depender de nós e se podemos contribuir e facilitar para o bem-estar de nossa saúde, por que complicar, não é mesmo?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Backyardigans, eu recomendo!

Esta turminha extremamente simpática, de origem canadense, começou a ser exibida através de computação gráfica na televisão em 2004, numa parceria entre o estúdio canadense Nelvanae e Nick Jr e já conquistou milhões de lares no Brasil e no mundo. E eu não sinto nenhum constrangimento em dizer que sou a-pai-xo-na-da por eles, apesar dos meus quarenta e (uns) anos.

As animadas aventuras giram em torno de cinco amiguinhos: Austin, um canguru roxo muito tímido; Pablo, um pingüim azul agitado e bem espertinho; Tyrone, um alce laranja diplomático; Uniqua (única na espécie rosa - parece uma dinossaurinha) muito inteligente e a Tasha, um hipopótamo amarelo fêmea, bem animada - sempre com as duas mãos na cintura com um ar de exclamação, questionando ou opinando sobre alguma coisa (estas duas últimas são minhas preferidas, mas todos eles são pra lá de fofos e interessantes!
Eles moram na mesma quadra, uma casa ao lado da outra e transformam o quintal de suas casas em mundos cheios de aventuras e novidades, usando a imaginação. Os programas são sempre marcados por números de danças com gêneros musicais diferentes. Tem de tudo: samba, tango, rock, jazz, reggae,... eles cantam, dançam e encantam! Cada um com seu jeito de ser. Quando eles dançam é tudo muito perfeito: os passinhos, os requebrados, o gingado, o ritmo,..., não tem como não "entrar na dança" com eles.
Entre eles, não há violência, muito pelo contrário: são criativos, amigos, trabalham em equipe e sempre com uma imaginação pra lá de fértil. Cada aventura é marcada por um tema, acompanhado de um figurino completamente adequado. Por exemplo, se estão perdidos numa ilha (como hoje, o tema é Náufragos) estão vestidos a caráter. Se o tema é jornalismo, se vestem de repórter e jornalista, o câmera idem. Se são cientistas, o ambiente é um laboratório, com todos uniformizados como tal e assim por diante (num dos programas a Uniqua e a Tacha estavam numa piscina de maiô azul marinho de um ombro só e touquinha de natação com enfeites de margaridas brancas. Demais! E como sempre, conversando, planejando, trocando idéias, com muito charme e inteligência).
Cada episódio é encerrado quando o estômago de algum deles ronca e eles percebem que estão com fome. Geralmente um convida o restante da turma para ir comer um lanche em sua casa. E aí todos saem saltitantes e felizes, cantando (pra variar) e comentando sobre a aventura vivenciada, até chegar à casa de quem convidou.
Parabéns para a autora Janice Burgess, nessa criação pra lá de feliz, pois, numa época em que imperam os equipamentos eletrônicos, virtuais, a falta do toque e do tempo, ela incentiva o convívio de crianças brincando como crianças - alegremente, sem queimar esta importante etapa de suas vidas. Deu pra entender por que eu recomendo Backyardigans?

domingo, 5 de outubro de 2008